Informativo

O Blog a partir do dia 22/08/2014 terá atualização de postagem Quinzenal!

terça-feira, 10 de junho de 2014

Sífilis


Entenda a Doença

A Sífilis é uma doença sexualmente transmissível (DST). Tata-se mais precisamente de uma doença infecciosa de origem bacteriana.
Existem três estágios da Sífilis, além da Sífilis latente, Sífilis congênita é a disseminação Treponema pallidum (bactéria causadora da sífilis), através da placenta da gestante infectada não-tratada ou inadequadamente tratada para o feto.
História da Sífilis
Alguns estimam que a Sífilis teve sua origem na Europa, no século XV, com o retorno de Cristóvão Colombo ao continente, este teria trazido a Sífilis da América Central, outros acreditam que a doença tem uma origem ainda mais antiga. Qualquer que seja a origem, a Sífilis ainda é uma doença comentada. Trata-se de uma das DST mais problemáticas dos nosso tempos, pois algumas complicações sérias podem levar à morte, se não houver o tratamento adequado.
A transmissão de Sífilis não era muito freqüente até os anos 80 e começo dos 90, quando os índices da doença começaram a aumenta abruptamente, principalmente dos países desenvolvidos como Estados Unidos e Europa. No final da década de 90 os casos diminuíram, mas voltaram a aumentar em 2001 e vem aumentando a cada ano.
Acredita-se que o aumento do número de casos esteja relacionado com o aumento da atividade sexual das pessoas.

CAUSAS SÍFILIS

A Sífilis é causada pela bactéria Treponema Pallidium. Trata-se de uma doença cuja transmissão é feita principalmente por via sexual (em 95% dos casos).
Determinadas esfoliações encontradas, por exemplo, nas mucosas da vagina são verdadeiras portas de entrada da bactéria. As esfoliações ocorrem durante o ato sexual, tanto no homem quanto na mulher.
Ressaltamos também que o cancro, um sintoma freqüente  do primeiro estágio da Sífilis (ver em sintomas) é uma fonte muito importante de transmissão da Sífilis, é altamente contagioso.
A transmissão ocorre durante os estágios primários e secundários da doença e ocorre aproximadamente em 30% das vezes onde há o contato de pessoas infectadas com não infectadas.
Em certos casos, mais raros, a transmissão da bactéria Treponema Pallidium pode ser feita por contatos cutâneos, picadas ou ainda cortes, isso afeta principalmente a pessoa que está tratando.
Transmissão Vertical Sífilis (durante a gravidez ou parto)
  • Ocorre em qualquer fase gestacional e em qualquer fase da doença. No entanto quando a gestante está nas fases primarias e secundárias o risco de transmitir para o feto é bem maior.
  • O transmissão também pode ocorrer na hora do parto ou durante a amamentação, caso haja lesões genitais e mamarias na mãe.
  •  Em 40% dos caso de crianças infectas a partir de mães não tratadas, ocorre aborto espontâneo, natimorto ou morte perinatal.
Existe também a transmissão por transfusão de sangue, mas que hoje em dia são raros os casos, pois existem testes que são realizados antes da transfusão.

SINTOMAS SÍFILIS

Antes de detalharmos os sintomas da Sífilis, ressaltamos que os sintomas aparecem progressivamente, sendo que no início os sintomas não são tão detectáveis, o que dificulta diagnosticar rapidamente a doença.
Notamos também que o tempo de incubação (tempo que separa a contaminação e o aparecimento dos primeiros sintomas) da sífilis é de 2 a 6 semanas.
Na seção "Sintomas da Sífilis", destacamos 3 estágios, os 2 primeiros são infecciosos (isto quer dizer que uma pessoa afetada pela Sífilis pode contaminar o seu parceiro), o terceiro estágio não é infeccioso. 

Estágio primário da Sífilis

Este estágio ocorre entre a terceira e a quarta semana que seguem a infecção, a pessoa pode apresentar os sintomas seguintes:
  • O aparecimento de uma ferida altamente infecciosa e indolor, que se assemelha a uma pequena ulceração que chamamos de cancro. O cancro pode se manifestar no pênis ou nos órgãos genitais externos da mulher. Notamos também, mas raramente, cancros na boca (lábios) ou no reto (ânus). É importante observar que o cancro pode ser bem pequeno e passar despercebido.
  • Adenopatia, ou seja, um inchaço dos gânglios linfáticos.
Muitas pessoas por não sentir dor e devido ao desaparecimento do cancro em algumas semanas, não procuram auxilio médico e não realizam tratamentos. Destas pessoas, 25% desenvolvem o estágio secundário da sífilis.

Estágio secundário da Sífilis

Este estágio aparece entre 2 meses a  4 anos após o início da doença (estágio primário) que pode ter sido sintomático (presença de cancro) ou não. Nesse estágio é possível notar principalmente:
  •  Uma erupção cutânea com manchas vermelhas (rosadas) sobre a pele (sobre o torso e o abdómen, por exemplo) e/ou erupções maculopapulosas cutâneas.
  • Febre, fadiga, dor de cabeça, dores musculares (sintomas que se assemelham à síndrome gripal)
  •   Em certos casos (raro), pode haver queda de cabelos (tufos)
Podemos observar também nesse estágio, a ocorrência de meningites, hepatites ou ainda distúrbios renais e articulares. Esses sintomas do estágio secundário evoluem por surtos. 
Após 4 a 12 semanas, é possível observar uma longa diminuição da expressão desses sintomas, isso marca o início de uma fase assintomática que pode durar por muito tempo.
Estágio latente (geralmente entre o segundo estágio da Sífilis)
Na maioria das vezes é assintomático, mas pode continuar transmitindo a doença durante o primeiro ano. 

Estágio terciário da Sífilis

É interessante ressaltar que sem o tratamento adequado, apenas 1/3 dos pacientes são afetados por esse terceiro estágio, que aparece geralmente entre 8 a 10 anos após o surgimento do estágio secundário, em caso de ausência de tratamento, mas pode aparecer entre 1 a 30 anos depois do surgimento da doença. Esse estágio pode ser bastante problemático e pode levar à morte se não for tratado.
Os diferentes sintomas desse estágio podem ser muito variáveis, para alguns pode se tratar de complicações psiquiátricas, para outros complicações neurológicas (paralisias, demência) ou ainda insuficiências aórticas.
No Ocidente, o estágio terciário é muito raro, pois após a introdução dos antibióticos no início do último século, foi possível impedir o seu aparecimento.
Estágio latente (geralmente entre o segundo estágio da Sífilis)
Na maioria das vezes assintomático, mas continua transmitindo a doença.

TRATAMENTO SÍFILIS

O tratamento de primeira escolha da Sífilis consiste na administração de uma dose de antibiótico à base de penicilina por via intramuscular.  
Em caso de alergia à penicilina é aconselhável fazer uma dessensibilização para depois iniciar o tratamento à base de penicilina,  ou então também é possível fazer um tratamento à base de tetraciclina, azitromicina e doxiciclina (outras classes de antibióticos).
Todos os pacientes devem realizar acompanhamento durante o tratamento para ver sua efetividade, geralmente são feitos exames clínicos e sorológicos (pesquisa de anticorpo) depois de 6 e 12 meses do tratamento.


Nenhum comentário:

Postar um comentário