Até ao século XX, a contracepção (ou anticoncepção) praticava-se sobretudo pela interrupção do coito antes da ejaculação, método velho de vários séculos, depois, mais tarde, pelo uso do preservativo masculino. A pílula. Introduzida em 1956, trouxe consigo eficácia e relativa facilidade de utilização. Desde a mesma época, e também possível agir depois da fase de fecundação, pela utilização do dispositivo intra-uterino.
A anticoncepção tem uma história milenar. Hipócrates (460-377 a.C.) já sabia que a semente da cenoura selvagem era capaz de prevenir a gravidez. No mesmo período, Aristóteles mencionou a utilização da Mentha Pulegium como anticoncepcional, no ano (421 A.C). O uso de anticoncepcionais feitos de plantas naturais parece ter sido tão difundido na região do Mediterrâneo, que no século II A.C., Políbio escreveu que as "famílias gregas estavam limitando-se a ter apenas um ou dois filhos." Os antigos egípcios também utilizavam tampões vaginais ou tampas feitas de excremento de crocodilo, linho e folhas comprimidas.
A anticoncepção masculina também era praticada na antiguidade. No século I A.C. Dioscórides afirmou que tomar extratos de uma planta considerada variação da madressilva (Lonicera periclymenum) durante 36 dias, podia causar a esterilidade masculina. Assim que foi estabelecida a relação do sêmen com a gravidez. O método anticoncepcional masculino mais conhecido era o coito interrompido, método citado na Gênesis relacionando Onan, que provocou a ira de Deus ao derramar suas sementes no chão.
Referências a respeito de tentativas para evitar gravidez na mulher foram encontradas no Papiro médico de Petrie, manuscrito egípcio de três grandes páginas, de 96 cm x 30 cm, de 1950 a.C. ou talvez até mais antigo. É conhecido, também, como Papiro de Kahoun, local onde foi descoberto em 1889. O Papiro de Ebers, de 1550 a.C., contém uma receita de um supositório, para uso intra-vaginal, composto de uma mistura de mel e pedaços de acácia. Sabe-se hoje que a acácia fermenta e produz o ácido láctico, que é um espermicida, isto é, mata o espermatozóide e por isso funcionava como anticoncepcional. Até hoje existe medicamento com a mesma finalidade contendo o ácido láctico. Há relatos de uso de preçários vaginais de esterco de animais, como de crocodilo (Papiro de Petrie), de elefante (citado por Al-Razi, no ano 923 ou 924), de rato (citado por Plínio, o Velho, em trabalhos latinos dos anos de 23 a 79). O que evidencia ao que o ser humano se sujeitava para usufruir dos prazeres sexuais sem a indesejada gravidez.
Muitas sociedades descobriram que a retirada do pênis da vagina antes da ejaculação poderia evitar a gravidez. Textos judaicos, cristãos e islâmicos fazem referência a essa prática. Em Génesis 38:7 a 10, há referência ao coito interrompido praticado por Onan (por isso a prática é conhecida como onanismo), que injetou o sêmen por terra para evitar engravidar a cunhada, cujo marido (irmão de Onan) havia morrido e cabia a Onan engravidar a viúva. Ainda hoje é usado em muitas sociedades, embora muitos considerem ser a prática similar a “chupar um rebuçado sem retirar o papel de embalagem” ou “tomar banho de chuveiro usando guarda-chuva”. Não se sabe se é verdade, mas dizem que Casanova, preocupado também com o número de descendentes que poderia ter com suas parceiras, cortava limão ao meio, espremia o suco dentro da vagina delas, o que tornava o pH mais ácido e dificultava a penetração do espermatozóide. Não contente com isso, colocava o bagaço do limão espremido no colo do útero, que funcionava como um diafragma rudimentar.
Muitas sociedades descobriram que a retirada do pênis da vagina antes da ejaculação poderia evitar a gravidez. Textos judaicos, cristãos e islâmicos fazem referência a essa prática. Em Génesis 38:7 a 10, há referência ao coito interrompido praticado por Onan (por isso a prática é conhecida como onanismo), que injetou o sêmen por terra para evitar engravidar a cunhada, cujo marido (irmão de Onan) havia morrido e cabia a Onan engravidar a viúva. Ainda hoje é usado em muitas sociedades, embora muitos considerem ser a prática similar a “chupar um rebuçado sem retirar o papel de embalagem” ou “tomar banho de chuveiro usando guarda-chuva”. Não se sabe se é verdade, mas dizem que Casanova, preocupado também com o número de descendentes que poderia ter com suas parceiras, cortava limão ao meio, espremia o suco dentro da vagina delas, o que tornava o pH mais ácido e dificultava a penetração do espermatozóide. Não contente com isso, colocava o bagaço do limão espremido no colo do útero, que funcionava como um diafragma rudimentar.
Provavelmente os métodos mais antigos de contracepção (com excepção da abstinência sexual) são o coito interrompido, alguns métodos de barreira, a lavagem vaginal e métodos com o uso de ervas.
O coito interrompido (a retirada do pênis da vagina antes da ejaculação) provavelmente antecedeu todos os outros métodos de controle de natalidade. Uma vez que se tenha relacionado a liberação do sêmen no interior vagina com a posterior gravidez, alguns homens começaram a usar esta técnica. Este não é um método particularmente confiável de evitar a gravidez, já que poucos homens têm o auto-controle para praticar corretamente este método em cada uma das relações sexuais. Embora geralmente acredita-se que o fluido pré-ejaculatório pode causar a gravidez, diversas pesquisas mostraram que este líquido não contém espermatozóides viáveis na primeira ejaculação, entretanto pode ser um meio de transporte para os espermatozóides da ejaculação anterior. Existem registos históricos de que as mulheres egípcias usavam um pessário (um supositório vaginal) feito de várias substâncias ácidas (vindas supostamente do estrume do crocodilo) e lubrificado com mel ou óleo, o que pode ter sido um tanto eficaz como espermicida. Entretanto, é importante frisar que os espermatozóides como células germinativas não foram descobertos até que Anton van Leeuwenhoek inventasse o microscópio no século XVII, logo os métodos de barreira empregados antes dessa época eram usados sem o conhecimento dos detalhes do concepção. As mulheres asiáticas podem ter usado o papel banhado a óleo como um capuz cervical, e as europeias a cera das abelhas para esta finalidade. O preservativo, que surgiu por volta do século XVII, era feito inicialmente de uma tira do intestino de um animal. Ele não era popular, nem tão eficaz quanto os preservativos modernos de látex, mas foi empregado como meio de contracepção e na esperança de evitar a sífilis, que era extremamente temida e devastadora antes da descoberta dos medicamentos antibióticos. Várias drogas abortíferas foram utilizadas durante toda a história humana, embora muitos não associassem o aborto induzido com o termo "controle de natalidade". Uma planta abortífera que se relatava ter níveis baixos de efeitos colaterais - Silphium - foi colhida até sua extinção em torno do século I . Muitas mulheres ingeriam determinados venenos para causar distúrbios no sistema reprodutivo; bebendo soluções que contêm o mercúrio, o arsênico ou outras substâncias tóxicas para esta finalidade. O ginecologista grego Soranus no século II sugeria que as mulheres bebessem a água da qual os ferreiros tinham usado para resfriar o metal. As ervas atanásia (Tanacetum vulgare) e o Poejo são bem conhecidas pelo folclore como agentes abortíferos, mas estas ervas na verdade funcionam pois envenenam a mulher. Os níveis de compostos químicos nestas ervas que induzem o aborto são bastante altos, danificando o fígado, rins e outros órgãos, tornando-as muito perigosas. No entanto, naqueles tempos o risco de morte materna por complicações no pós-parto era alto, o que tornava o risco de efeitos colaterais dos métodos anticoncepcionais e abortivos existentes comparativamente menos significativos. O fato de que vários métodos eficazes do controle de natalidade eram conhecidos no mundo antigo contrastava fortemente com uma ignorância aparente destes métodos por diversos segmentos da adiantada população da Europa cristã moderna. Esta ignorância continuou em alto grau no século XX, e foi acompanhada por taxas de nascimento extremamente elevadas em países europeus durante os séculos XVIII e XIX. Alguns historiadores atribuíram isto a uma série das medidas coercivas decretadas pelos estados modernos emergentes, em um esforço de repovoar a Europa após a catástrofe populacional causada pela peste negra, começando em 1348. De acordo com este ponto de vista, a caça às bruxas eram a primeira medida que o estado moderno adoptou em uma tentativa de eliminar o conhecimento sobre o controle de natalidade da população, e manter estas informações nas mãos de especialistas médicos masculinos (ginecologistas) empregados pelo estado. Antes da caça às bruxas, não se ouvia falar em ginecologistas masculinos, porque o controle de nascimento era naturalmente um domínio feminino. Alguns apresentadores em conferências de planeamento familiar narram um conto sobre comerciantes árabes que introduziram pequenas pedras nos úteros de seus camelos a fim impedir a gravidez, um conceito muito similar ao DIU moderno. Embora a história seja repetida como uma verdade, não se tem nenhuma base histórica e só tem como finalidade o entretenimento da plateia. Os primeiros dispositivos inter-uterinos (contidos na vagina e no útero) foram introduzidos no mercado inicialmente em torno de 1900. O primeiro dispositivo intra-uterino moderno (contido inteiramente no útero) foi descrito em uma publicação alemã em 1909, embora o autor parece nunca ter disponibilizado no mercado seu produto. O método rítmico, mais conhecido como o método da tabelinha, (com uma taxa de falha particularmente elevada de 10% por o ano) foi desenvolvido no início do século XX, quando os pesquisadores descobriram que a ovulação de uma mulher ocorre somente uma vez no ciclo menstrual. Somente após a metade do século XX, quando os cientistas compreenderam melhor o funcionamento do ciclo menstrual e dos hormônios que o controlavam, foram desenvolvidos os contraceptivos orais e os métodos modernos de monitorização da fertilidade.
O coito interrompido (a retirada do pênis da vagina antes da ejaculação) provavelmente antecedeu todos os outros métodos de controle de natalidade. Uma vez que se tenha relacionado a liberação do sêmen no interior vagina com a posterior gravidez, alguns homens começaram a usar esta técnica. Este não é um método particularmente confiável de evitar a gravidez, já que poucos homens têm o auto-controle para praticar corretamente este método em cada uma das relações sexuais. Embora geralmente acredita-se que o fluido pré-ejaculatório pode causar a gravidez, diversas pesquisas mostraram que este líquido não contém espermatozóides viáveis na primeira ejaculação, entretanto pode ser um meio de transporte para os espermatozóides da ejaculação anterior. Existem registos históricos de que as mulheres egípcias usavam um pessário (um supositório vaginal) feito de várias substâncias ácidas (vindas supostamente do estrume do crocodilo) e lubrificado com mel ou óleo, o que pode ter sido um tanto eficaz como espermicida. Entretanto, é importante frisar que os espermatozóides como células germinativas não foram descobertos até que Anton van Leeuwenhoek inventasse o microscópio no século XVII, logo os métodos de barreira empregados antes dessa época eram usados sem o conhecimento dos detalhes do concepção. As mulheres asiáticas podem ter usado o papel banhado a óleo como um capuz cervical, e as europeias a cera das abelhas para esta finalidade. O preservativo, que surgiu por volta do século XVII, era feito inicialmente de uma tira do intestino de um animal. Ele não era popular, nem tão eficaz quanto os preservativos modernos de látex, mas foi empregado como meio de contracepção e na esperança de evitar a sífilis, que era extremamente temida e devastadora antes da descoberta dos medicamentos antibióticos. Várias drogas abortíferas foram utilizadas durante toda a história humana, embora muitos não associassem o aborto induzido com o termo "controle de natalidade". Uma planta abortífera que se relatava ter níveis baixos de efeitos colaterais - Silphium - foi colhida até sua extinção em torno do século I . Muitas mulheres ingeriam determinados venenos para causar distúrbios no sistema reprodutivo; bebendo soluções que contêm o mercúrio, o arsênico ou outras substâncias tóxicas para esta finalidade. O ginecologista grego Soranus no século II sugeria que as mulheres bebessem a água da qual os ferreiros tinham usado para resfriar o metal. As ervas atanásia (Tanacetum vulgare) e o Poejo são bem conhecidas pelo folclore como agentes abortíferos, mas estas ervas na verdade funcionam pois envenenam a mulher. Os níveis de compostos químicos nestas ervas que induzem o aborto são bastante altos, danificando o fígado, rins e outros órgãos, tornando-as muito perigosas. No entanto, naqueles tempos o risco de morte materna por complicações no pós-parto era alto, o que tornava o risco de efeitos colaterais dos métodos anticoncepcionais e abortivos existentes comparativamente menos significativos. O fato de que vários métodos eficazes do controle de natalidade eram conhecidos no mundo antigo contrastava fortemente com uma ignorância aparente destes métodos por diversos segmentos da adiantada população da Europa cristã moderna. Esta ignorância continuou em alto grau no século XX, e foi acompanhada por taxas de nascimento extremamente elevadas em países europeus durante os séculos XVIII e XIX. Alguns historiadores atribuíram isto a uma série das medidas coercivas decretadas pelos estados modernos emergentes, em um esforço de repovoar a Europa após a catástrofe populacional causada pela peste negra, começando em 1348. De acordo com este ponto de vista, a caça às bruxas eram a primeira medida que o estado moderno adoptou em uma tentativa de eliminar o conhecimento sobre o controle de natalidade da população, e manter estas informações nas mãos de especialistas médicos masculinos (ginecologistas) empregados pelo estado. Antes da caça às bruxas, não se ouvia falar em ginecologistas masculinos, porque o controle de nascimento era naturalmente um domínio feminino. Alguns apresentadores em conferências de planeamento familiar narram um conto sobre comerciantes árabes que introduziram pequenas pedras nos úteros de seus camelos a fim impedir a gravidez, um conceito muito similar ao DIU moderno. Embora a história seja repetida como uma verdade, não se tem nenhuma base histórica e só tem como finalidade o entretenimento da plateia. Os primeiros dispositivos inter-uterinos (contidos na vagina e no útero) foram introduzidos no mercado inicialmente em torno de 1900. O primeiro dispositivo intra-uterino moderno (contido inteiramente no útero) foi descrito em uma publicação alemã em 1909, embora o autor parece nunca ter disponibilizado no mercado seu produto. O método rítmico, mais conhecido como o método da tabelinha, (com uma taxa de falha particularmente elevada de 10% por o ano) foi desenvolvido no início do século XX, quando os pesquisadores descobriram que a ovulação de uma mulher ocorre somente uma vez no ciclo menstrual. Somente após a metade do século XX, quando os cientistas compreenderam melhor o funcionamento do ciclo menstrual e dos hormônios que o controlavam, foram desenvolvidos os contraceptivos orais e os métodos modernos de monitorização da fertilidade.
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