Os jovens e as mulheres precisam se cuidar mais. Levantamento do Sistema Único de Saúde (SUS), mostra que 20% das mortes provocadas por infarto atingem hoje pessoas na faixa etária de 20 a 40 anos - numa notável antecipação da idade historicamente vitima preferencial da doença. Mais na década de 70, de cada dez infartados apenas uma era mulher. Hoje, essa proporção é de quatro em cada dez. Ataques do coração deixaram de ser restritos ao grupo de homens e mais velhos. Mudanças, para pior, no estilo de vida são os principais responsáveis por essa dramática alteração do perfil dos , infartados. Má alimentação, estresse e sedentarismo são os vilões,
Sintomas
OS sinais de um quadro de infarto são os mesmos, em qualquer idade, pelo menos no homem: dor no peito, dificuldade de respiração, fraqueza e tontura. Em caso de suspeita o recomendado é: " Manter a vitima deitada, afrouxar suas roupas e não dar nenhum medicamento, água ou alimento, pois ela pode vomitar. Feito isso, o resgate precisa ser chamado com urgência." O socorro precisa ser rápido " Quanto mais cedo a vitima for atendida, mais chances de recuperação". Nos casos de predisposição genética, isto é, quando existem casos de doenças cardiovasculares na família, Sobretudo com a morte do pai por infarto na casa do 40 anos, o risco é ainda maior, o que exige um nível de cuidados preventivos mais precoce, Já a partir dos 20 anos de idade, visitando o medico e fazendo exames pelo menos uma vez por ano. Segundo os médicos, o infarto geralmente é a mensagem do corpo que não suporta a pressão alta e o colesterol elevado por muito tempo.
HOMEM E MULHER: Infartos diferentes
Mulheres também estão infartando mais, e esse aumento pode ser atribuído, em grande parte, ao novo perfil assumido por elas na vida moderna. De acordo com os cardiologistas, ao conquistar um lugar de destaque no mercado de trabalho, a mulher passa a ter uma carga muito maior de responsabilidades, sem prejuízo de sua vida familiar, de esposa e mãe, "Pressões por resultados, competitividade, necessidade de estar sempre atualizada são fatores que foram incorporados ao dia a dia feminino", explica os cardiologistas. Além da alimentação mais corrida e menos saudável que esse estilo de vida geralmente impõe, a mulher também está fumando mais do que o homem, e o risco de infarto em mulheres fumantes é seis vezes maior do que as não-fumantes. Pior: a combinação do fumo com uso regular de anticoncepcionais orais pode resultar também numa fórmula explosiva para o coração. A explicação esta nos hormônios femininos estrogênio e progesterona, que protegem as mulheres de doenças como o infarto, mas que tem esse efeito reduzido pelo cigarro. É, alias, justamente devido a redução desses níveis hormonais que as mulheres ficam mais propensas a problemas cardiovasculares apos a entrada da menopausa. Um detalhe, segundo Cardiologistas, é que o infarto costuma se manifestar de formas diferentes em homens e mulheres. "Enquanto neles a dor no peito é comum e vem acompanhada de vomito e sudoreses, nelas os sinais são menos evidentes", Explica. Foram feitos estudos com mais de 1 milhão de pacientes nos Estados Unidos, conduzido pelo Centro Medico de Lakeland (Flórida), mostra que a dor no peito não é relada em mais de 40 % dos casos nas mulheres. Segundo o CML, elas se queixavam mais de dor nas costas, cansaço, queimação no estomago e náusea. " Tais sintomas nem sempre são reconhecidos e relacionados ao coração. Muitas mulheres os associam a problemas gastrointestinais ou ortopédicos, o que faz com que demorem a procurar socorro médico", afirma. Outras condições que Transformavam em vitimas potenciais são obesidade, descontrole de diabetes e do colesterol, tabagismo, sedentarismo, estresse e hipertensão.
Fonte: Revista ABCFARMA